Os moradores da Vila Sahy que participaram da reunião realizada na comunidade, na noite de terça-feira (3), aprovaram a proposta da realização de um simulado de evacuação de área de risco a ser realizado no dia 28 de outubro. Cerca de 70 pessoas estiveram presentes. O bairro foi o mais atingido pela catástrofe de 19 de fevereiro e que deixou 64 mortos no município.
A apresentação foi feita pelo coordenador da Defesa Civil de São Sebastião, Wagner Barroso, e contou com a participação da diretora de Preparação da Defesa Civil do Estado, capitã Lidiara Lenarduzzi, do comandante do Corpo de Bombeiros de São Sebastião, tenente Ícaro de Souza Veras Peixoto, e da diretora de Políticas Públicas da Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) e psicóloga, Carla Brasil.
Devido aos traumas da catástrofe, a comunidade pediu apenas que não seja acionado nenhum tipo de sirene, que as ‘vitimas’ também são sejam caracterizadas com maquiagem e os locais de bueiro sejam marcados.
De acordo com Wagner Barroso, o poder público não pode fazer o simulado sem antes consultar a população e levar em consideração as suas reivindicações, que são pertinentes, uma vez que ainda há crianças e adultos que sofrem o trauma, mas que estão sendo superados.
“Entretanto, a chegada do período de chuvas nos obriga a fazer o treinamento e adaptações ao que foi sugerido em relação ao simulado feito em Toque-Toque Pequeno e no Itatinga”, disse Wagner Barroso.
Ele ainda apresentou aos presentes o objetivo da implantação do Núcleo Comunitário de Defesa Civil (Nudec), o qual visa preparar a população para emergências de chuvas. “Queremos ter nosso Nudec já formado até o dia do simulado com a participação deles no exercício que vai reunir não só a prefeitura com as secretarias afins, mas órgãos do Estado”.
Cláudia Stela Benedito, 32 anos, é integrante da Associação de Moradores da Vila Sahy (Amovila), e destacou a participação da população e a multiplicação das informações.
Já o encarregado de obras, Paulo Henrique dos Santos, 52 anos, quis saber sobre o funcionamento das sirenes e outros equipamentos que vão ser usados para uma maior cobertura da comunidade.
A capitã Lidiara explicou que esses sistemas estão em fase de licitação e implantação pelo governo do Estado e que a ideia é ter uma cobertura maior. “A Vila Sahy vai receber o projeto piloto, junto com os municípios de Guarujá e Franco da Rocha. Além das sirenes, haverá um sistema de informação, via celular, que o morador vai receber a ligação informando das previsões e ela só vai parar de tocar após o atendimento”, antecipou.
O tenente Veras destacou que os simulados são importantes também para o treinamento das equipes dos Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgências (SAMU 192) em relação a chegar aos locais com mais facilidade e a estrutura da área para o atendimento.
Já Carla Brasil conversou com os moradores sobre as questões psicológicas e que existe uma profissional para o atendimento daqueles que precisarem.
Antes da reunião, a Defesa Civil fez uma avaliação no bairro para a implantação de placas de rotas de fugas, bueiros, áreas com riscos de deslizamento, inundação e alagamentos, além do ponto de encontro definido para que os moradores possam se dirigir no dia do simulado e também sempre que houver necessidade devido a alguma intempérie climática.
#PraTodosVerem: equipes da Defesa Civil e Bombeiros em vistoria pelo bairro e reunião com os moradores. Fim da descrição.
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