Um importante encontro foi realizado nesta quarta-feira (19), em Boiçucanga, na Costa sul de São Sebastião, com familiares de pessoas dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA). O grupo participa do ‘Projeto Acolhendo’, desenvolvido pela Secretaria de Pessoas com Deficiência e do Idoso (SEPEDI) do município.
Coordenado pela técnica Maria Fernanda Grimaldi, 32 pessoas, entre mães e pais, tiveram a oportunidade de receber mais informações, conhecimento, acessibilidade aos assuntos referentes a seus filhos, levando às famílias um atendimento integral e proporcionando qualidade de vida para todos.
“Esse projeto foi criado com a intenção de trabalhar as famílias e levar toda ajuda ao grupo, acolhendo, cuidando e levando informação às famílias que precisam desse auxílio”, explica Maria Fernanda.
A abordagem desta edição foi mostrar as diferenças de uma crise provocada pelo autismo e comportamento de briga. “São circunstâncias que podem parecer similares em uma primeira instância, mas compreender essas situações é um importante passo para saber como conduzir a criança e fazer o manejo mais adequado em cada uma delas”, explica a coordenadora.
Ainda conforme ela, a ‘birra’ é comportamental, e consiste em uma explosão desencadeada por uma frustração. Já a crise é um colapso decorrente de uma sobrecarga sensorial.
Relatos
Para Thais Tamashiro, 46 anos, mãe de Luã Tamashiro Passos, 15 anos, momento como a palestra de hoje e com um tema tão importante é o que todos precisam. “Nesses encontros a gente consegue ver que todas passam pelas mesmas coisas ou parecidas e a gente encontrar acolhimento, mesmo que por um olhar, faz com que nos fortaleçamos. Depois que aprendemos uma técnica de respiração com Maria Fernanda, muitas mães se emocionaram porque por um minuto, pudemos fazer algo por nós mesmos. Preciso deixar esse depoimento e agradecer à SEPEDI, à Prefeitura e à Maria Fernanda por olhar pela Costa Sul. Por isso somos gratas”.
Givalda Maria Andrade dos Santos, moradora de Cambury e mãe de Samuel Andrade, 8 anos, ressalta que a palestra foi bem produtiva. “Ouvi relatos de outras mães que estão passando por situações que já passei, o que eu passo e sei que irei passar. Mas conforme vieram os assuntos, pude perceber que a Fernanda já tem coisas a apresentar e que me interessaram muito”.
Ainda conforme ela, tudo o que foi falado foi muito importante e vai ser colocado em prática. “E o mais importante é que todas as mães foram ouvidas e amparadas com boas explicações. No caso do meu filho, deu para eu abrir mais a mente para as questões que tenho no momento. Espero ouvir mais sobre outras questões que incluem no autismo”.
De acordo com Maria Fernanda, o objetivo da SEPEDI é continuar levando essas palestras para grupos de mães e pais de todas as regiões. “É muito gratificante trabalhar com essas famílias. Para elas, além de informações novas, poder trocar experiências e ainda aprender sobre o assunto ajuda muito no dia a dia”.
#PraTodosVerem: familiares de autistas participam de encontro em Boiçucanga. Fim da descrição.