O brasileiro Gabriel Medina venceu a sua segunda prova na temporada e ampliou a vantagem no ranking da World Surf League (WSL), mantendo ainda o Brasil com 100% de aproveitamento na perna australiana. Na decisão do Rip Curl Rottnest Search, em Rottnest Island, Medina superou o australiano Morgan Cibilic, que faz uma bela campanha em sua primeira temporada na elite mundial.
Antes de bater Cibilic pela terceira vez na perna australiana, o brasileiro levou a melhor no aguardado duelo de titãs contra o compatriota Italo Ferreira na semifinal. Na outra semi, Morgan passou pelo convidado Liam O´Brien, também da Austrália.
“Esse troféu é especial para mim, porque tem muita história. Quando eu comecei a competir no CT, meu sonho era disputar os eventos do Search para surfar ondas perfeitas e agora estou aqui novamente, com este troféu incrível.”, disse Gabriel Medina, que tinha vencido o último evento da série Rip Curl Search, em San Francisco em 2011, ano que entrou no CT. “Eu estava bem triste esse ano e nem queria vir para cá. Mas, minha mulher (Yasmim Brunet) falou: vamos, você está surfando, treinando, por que não está feliz? No final, foi a melhor decisão. Senti que superei as expectativas em todos os eventos aqui e todo mundo tem dias difíceis. O importante é ser forte, que tudo tem a sua recompensa”.
Esta foi a 28a final da sua carreira no CT e a 16a vitória, igualando o número de etapas vencidas pelo campeão mundial Martin Potter. Os maiores vencedores são Kelly Slater com 55 vitórias, Tom Curren com 33 e Tom Carroll com 26. Os dois últimos nos tempos que o Circuito Mundial tinha cerca de 30 a 35 etapas por ano.
“Estou muito feliz e nem acredito. Esse é o melhor início de ano da minha carreira”, disse Gabriel Medina, logo que saiu do mar em Rottnest Island. “Eu tive umas baterias difíceis contra o Conner (Coffin) e o Italo, mas sinto que estou surfando bem, do jeito que eu gosto. É uma bênção estar surfando essas ondas e viajando o mundo com a minha esposa (Yasmim Brunet). Estou com pessoas positivas ao meu lado e isso me deixa muito feliz. Quero agradecer ao Andy (King, seu treinador) pelo grande suporte e estou feliz por ganhar esse evento de novo, porque o outro troféu que ganhei em San Francisco, já está até com teias de aranha (risos)”.
Derrotado nas semifinais, Italo também falou sobre a sua boa participação na Austrália: “Sem dúvidas, foi uma perna australiana bem longa, mas consegui uma vitória e bons resultados, então no geral foi bom”, disse Italo Ferreira. “Tenho surfado bem, me divertido bastante, curtido a vida e está sendo um sonho. Estou muito empolgado e agora tem o Surf Ranch, que para mim sempre foi difícil surfar lá. Acho que preciso trocar uma ideia com o Kelly (Slater, idealizador da piscina), quem sabe ele libera umas ondas para eu treinar mais lá (risos)”.
Na categoria feminina em Rottnest Island, a novidade foi Sally Fitzgibbons, que conquistou a primeira e única vitória da Austrália nas quatro etapas da perna australiana. Ela acabou tirando a vice-liderança de Tatiana Weston-Webb no ranking que continua com a havaiana Carissa Moore disparada na frente. A brasileira caiu para o terceiro lugar, seguida por mais duas australianas, as campeãs mundiais Tyler Wright em quarto e Stephanie Gilmore em quinto, agora empatada com a francesa Johanne Defay, vice-campeã na ondas de Strickland Bay.
“Essa vitória é muito especial, porque é possível que a gente nunca volte a competir nessa praia, então muito obrigado a todos por essa oportunidade”, disse Sally Fitzgibbons, que comentou sobre a perna australiana. “Com a pandemia do Covid-19, a gente nem sabia se teríamos eventos para competir ou não, então foi ótimo termos quatro etapas aqui. É difícil ter esquerdas boas no Tour, então aproveitamos ao máximo essas ondas daqui e foi uma final bem legal com a Johanne (Defay). Sem dúvidas, foi uma vitória importante para a Austrália e agora estou pronta para enfrentar o resto do mundo”.
O próximo desafio do Championship Tour acontece na piscina de ondas da Kelly Slater Wave Company, em Lemoore, Califórnia (EUA), no próximo mês de junho.
Confira mais detalhes sobre a etapa em Rottnest Island em nossas próximas atualizações.
RESULTADOS DO ÚLTIMO DIA DO RIP CURL ROTTNEST SEARCH:
DECISÃO DO TÍTULO MASCULINO:
Campeão: Gabriel Medina (BRA) por 15,50 pts (8,50+7,00) – 10.000 pts
Vice-campeão: Morgan Cibilic (AUS) com 7,87 pts (7,27+0,60) – 7.800 pts
SEMIFINAIS – 3.o lugar com 6.085 pontos:
1.a: Morgan Cibilic (AUS) 10.67 x 8.33 Liam O´Brien (AUS)
2.a: Gabriel Medina (BRA) 13.70 x 7.17 Italo Ferreira (BRA)
DECISÃO DO TÍTULO FEMININO:
Campeã: Sally Fitzgibbons (AUS) por 15,24 pts (8,17+7,07) – 10.000 pts
Vice-campeã: Johanne Defay (FRA) com 11,23 pts (7,23+4,00) – 7.800 pts
SEMIFINAIS – 3.o lugar com 6.085 pontos:
1.a: Sally Fitzgibbons (AUS) 15.43 x 7.64 Tyler Wright (AUS)
2.a: Johanne Defay (FRA) 13.50 x 12.83 Carissa Moore (EUA)
TOP-10 DO RANKING 2021 DA WORLD SURF LEAGUE – 5 etapas:
1.o- Gabriel Medina (BRA) – 38.920 pontos
2.o- Italo Ferreira (BRA) – 30.235
3.o- Jordy Smith (AFR) – 22.505
4.o- Filipe Toledo (BRA) – 22.065
5.o- Morgan Cibilic (AUS) – 21.290
6.o- John John Florence (EUA) – 19.660
7.o- Conner Coffin (EUA) – 18.885
8.o- Griffin Colapinto (EUA) – 18.150
9.o- Kanoa Igarashi (JPN) – 17.460
10.o- Ryan Callinan (AUS) – 15.470
10.o- Yago Dora (BRA) – 15.470
Outros brasileiros:
14.o- Caio Ibelli (BRA) – 12.620 pontos
15.o- Miguel Pupo (BRA) – 12.055
18.o- Adriano de Souza (BRA) – 10.990
22.o- Jadson André (BRA) – 10.490
23.o- Deivid Silva (BRA) – 10.065
25.o- Peterson Crisanto (BRA) – 9.565
34.o- Alex Ribeiro (BRA) – 5.585
TOP-10 DO RANKING FEMININO DA WORLD SURF LEAGUE:
1.a- Carissa Moore (EUA) – 36.055 pontos
2.a- Sally Fitzgibbons (AUS) – 28.185
3.a- Tatiana Weston-Webb (BRA) – 27.540
4.a- Tyler Wright (AUS) – 26.050
5.a- Stephanie Gilmore (AUS) – 24.645
5.a- Johanne Defay (FRA) – 24.645
7.a- Caroline Marks (EUA) – 23.915
8.a- Isabella Nichols (AUS) – 20.945
9.a- Courtney Conlogue (EUA) – 17.095
9.a- Bronte Macaulay (AUS) – 17.095
9.a- Keely Andrew (AUS) – 17.095
fonte:https://if15.com.br/