CAMPEÃO MUNDIAL ÍTALO FERREIRA FALA SOBRE A PREPARAÇÃO PARA O WORLD CHAMPIONSHIP TOUR 2021
|
||
Atleta brasileiro foi entrevistado por Bem Mondy, da WSL Internacional
|
||
Ítalo Ferreira, em setembro, durante o “Onda do Bem”, promovido pela WSL, em Ubatuba/SP (crédito Daniel Smorigo/WSL) Link fotos em alta (Crédito Daniel Smorigo/WSl e WSL): https://we.tl/t-B20KLkUX9K São Paulo, outubro de 2020 – O potiguar Ítalo Ferreira ainda não conseguiu nem começar a defender o título mundial, que conquistou na final brasileira com Gabriel Medina no Pipe Masters de 2019, no Havaí, mas tem se mantido bem ativo nesta temporada. Desde o cancelamento do World Surf League Championship Tour 2020, o surfista de Baía Formosa tem mostrado sessões de freesurf eletrizantes e inovadoras em casa e no exterior, nos clipes que vem publicando em suas mídias sociais. Depois, quando começou a participar dos eventos do WSL Countdown, o brasileiro continuou como terminou o ano de 2019. Em três semanas seguidas do mês passado, venceu o Onda do Bem, promovido pela WSL Latin America em Ubatuba (SP), o Rendez-Vouz of Surfing, na França, e conquistou o título da Euro Cup of Surfing com o vice-campeonato, em Portugal. A derrota para o português Frederico Morais na final foi a primeira dele em quase um ano de invencibilidade. Com a nova temporada do WSL Championship Tour 2021 prevista para começar em dezembro, no mesmo Pipe Masters que venceu em 2019, Ben Mondy, da World Surf League, conversou com o campeão mundial para falar sobre os seus últimos meses, o retorno às competições e quais são seus planos para defender o título conquistado no Havaí, no ano passado. “Tenho me concentrado em surfar o máximo possível e poder voltar a competir no Brasil e na Europa foi muito bom para reviver a sensação de disputar baterias e sentir a alegria de vencer novamente”, disse Ítalo Ferreira. “Eu gosto muito da pressão da competição, para ver como está o meu surfe. Senti falta disso. Em todos os eventos (do WSL Countdown) tinha competidores difíceis do CT e QS, então o nível (técnico) foi realmente alto e é muito bom voltar a viver essa rotina de competições”, completou. Circuito cancelado – “Nestes últimos meses sem competições senti que consegui dar um salto de desempenho no meu surfe. Aprendi muito e tentei melhorar a cada sessão de treinos. Eu fui para as Maldivas, recentemente, e as ondas estavam bombando lá, então pude notar realmente uma evolução. Esse é o objetivo, continuar fazendo muitas surf trips (viagens de surfe) e surfar bastante, para melhorar cada vez mais. A meta é estar pronto para competir, pois sei que a próxima temporada será um grande desafio. Mas, já me sinto pronto”, explica o campeão. Fãs e pandemia – “O título mundial mudou muita coisa na minha vida e certamente tenho mais fãs agora. Tenho muito respeito e amor e sinto falta deles sem as competições. Tenho saudades dos fãs do surfe na praia, dos gritos da torcida e de toda a energia que vem deles. De positivo (nessa parada pela pandemia), pude passar mais tempo em casa com a família, amigos e namorada. Mas, tem sido um momento especial também, pois a comida da minha mãe é incrível (risos). Sei que tem sido muito difícil para todos, mas aprendi muito e treinei duro todo esse tempo, além de poder conviver mais com as pessoas que eu amo.” Início do CT 2021 – “O ano passado foi incrível com a decisão do título mundial na final do Pipe Masters e este ano vai começar lá, então estou pronto e preparado. É para isso que tenho treinado tanto durante esse ano, então quando a WSL anunciar que vai começar, já estarei lá. No ano passado, cheguei seis semanas antes do evento e fiquei sempre surfando em Pipeline, testando as pranchas, conversando com o Jamie O´Brien, com o Shane Dorian e todos os locais. Isso foi especial para mim, porque eu não era o favorito para ganhar o Pipe Masters, mas aprendi muito com eles e venci o campeonato. Vou tentar fazer o mesmo esse ano”. Vídeos – “Tenho postado a maior parte das minhas melhores sessões de freesurf e não costumo guardar quase nada para depois. Principalmente para nós (surfistas) brasileiros, é como uma competição entre a gente. Já que não podemos viajar para competir, então é uma forma de ver o que todos estamos fazendo e como podemos melhorar nosso surfe. Seja o Yago (Dora), o Gabriel (Medina), ou quem for, estou sempre olhando para ver o nível deles, para que eu possa tentar igualar a eles na próxima sessão de surfe.” “A Fly In The Champagne” – “Eu assisti ao filme The Champagne, do Andy Irons, antes de cada bateria no Pipe Masters do ano passado e foi uma grande inspiração para mim. Então, tive a ideia de refazer essa sessão. Claro que não estou me comparando ao Andy, porque para mim ele era o melhor dos melhores, mas queria mostrar à nova geração um pouco do quanto ele me inspirou. Eu também queria fazer isso pela família do Andy. Falei com a sua esposa Lyndie e perguntei à minha equipe se a ideia era boa. Eles ficaram entusiasmados, então deu tudo certo e fiquei orgulhoso desse vídeo.” Planos – “Eu programei mais duas surf trips para depois do WSL Countdown de Portugal e irei para o Havaí um mês antes do Pipe Masters, para começar a testar minhas pranchas. É uma boa hora para fazer alguns treinos lá antes que todos cheguem na ilha. É muito difícil surfar em Pipe quando está lotado, então eu acho que qualquer chance de surfar lá é ótimo, principalmente com os locais. O objetivo é surfar bastante, me divertir e estar totalmente pronto para a competição. Na verdade, é um plano muito simples.”
Sobre a World Surf League – A WSL tem como objetivo celebrar o melhor surfe do mundo nas melhores ondas, através das melhores plataformas de audiência. A Liga Mundial de Surf, com sede em Santa Mônica, na Califórnia (EUA), atua em todo o globo terrestre, com escritórios regionais na Austrália, África, América do Norte, América do Sul, Havaí, Europa e Japão. Promove os melhores campeonatos desde 1976, realizando mais de 230 eventos globais masculinos e femininos no ano para definir os campeões mundiais do World Surf League Championship Tour, Big Wave Tour, Redbull Airborne, Qualifying Series e das categorias Junior e Longboard, além do WSL Big Wave Awards. A Liga Mundial de Surfe tem especial atenção para a rica herança do esporte, enquanto incentiva a progressão, inovação e desempenho nos mais altos níveis, para coroar os campeões de todas as divisões do Circuito Mundial. Os principais campeonatos são transmitidos ao vivo no site da Ligao. A World Surf League é pioneira em streaming online para uma enorme legião de fãs apaixonados e interessados em ver as grandes estrelas, como Kelly Slater, Stephanie Gilmore, John John Florence e muitos brasileiros, como Gabriel Medina, Adriano de Souza, Filipe Toledo, Ítalo Ferreira, Silvana Lima, Tatiana Weston-Webb, competindo em um dos esportes mais imprevisíveis e dinâmicos do mundo, onde a coragem é imprescindível. Mais informações sobre o surfe mundial no www.worldsurfleague.com e notícias em português no www.wsllatinamerica.com
TEXTO E ENTREVISTA POR BEN MONDY – WSL
VERSÃO EM PORTUGUÊS João Carvalho – WSL Latin America Media Manager (48) 999-882-986 – jcarvalho@worldsurfleague.com
Felipe Marcondes – fmarcondes@worldsurfleague.com WSL Latin America Senior Manager, Content & Marketing |