O cabo do Corpo de Bombeiros Maxwell Correa
Ministério Público apura como o militar, que recebe cerca de R$ 6 mil, levava uma vida de luxo
Rafael Nascimento de Souza
RIO – O sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Corrêa, o Suel, de 44 anos – preso nesta quarta-feira por envolvimento com as mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes -, e a mulher, uma promoter, de 38, sempre gostaram de ostentar nas redes sociais. Desde 1998 na corporação, Suel recebe cerca de R$ 6 mil. No entanto, levava uma vida de luxo.
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Fotos mostram Suel e a esposa em momentos de lazer. Em uma das imagens o militar aparece tomando cerveja na piscina da casa de luxo em que o casal morava com os filhos num condomínio no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. Ele está com um cordão dourado. A residência é avaliada em mais de R$ 1,9 milhão.
Em outras fotos, o sargento e a mulher aparecem em uma lancha aproveitando o dia de sol em alto mar. O Ministério Público apura como o militar, com o salário que recebe, tem bens de alto valor. Durante a operação da manhã desta quarta-feira, os investigadores apreenderam uma BMW-X6, que pertence a Suel, avaliada em R$ 172 mil.
Suel é apontado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e pelo MP como cúmplice do sargento da reserva da Polícia Militar Ronnie Lessa. Ele foi preso em casa. Ele já estava na mira da polícia desde a prisão de Lessa e do ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz, em março do ano passado. De acordo com os investigadores, coube ao bombeiro ajudar, logo após a prisão do sargento, no descarte das armas escondidas por Lessa.