“A menos de 20 dias das eleições, o rompimento na coligação liderada por Gleivison Gaspar expõe fragilidades e crises internas, comprometendo a estratégia eleitoral e a confiança no grupo.”
Em um reviravolta inesperada a menos de um mês das eleições municipais, a coligação encabeçada pelo candidato a prefeito Gleivison Gaspar, do Progressistas (PP), enfrenta uma grave crise interna. A Federação PSOL-REDE anunciou a anulação de sua convenção, causando um racha que pode ter impactos devastadores na campanha.
A decisão, divulgada em 14 de setembro de 2024, foi formalizada por meio de uma petição apresentada à 132ª Zona Eleitoral de São Sebastião, SP. O documento, assinado pelos advogados Francisco Octavio de Almeida Prado Filho, Michel Bertoni Soares e Danilo Trindade de Morais, aponta que a convenção da Federação PSOL-REDE foi anulada com base em supostas violações das diretrizes internas da própria federação.
A Federação PSOL-REDE, que havia firmado um acordo para participar da coligação, alegou que a aliança com partidos não autorizados, como a União Brasil e outros, estava em desacordo com as resoluções internas, que preveem alianças restritas a certos partidos, incluindo o PT, PC do B e PV, entre outros. A decisão de anulação foi fundamentada no artigo 7º, § 2º, da Lei das Eleições (Lei nº 9.504/97), que prevê a exclusão de partidos que não respeitam as orientações estabelecidas.
O rompimento ocorre em um momento crítico, com as eleições marcadas para daqui a 20 dias. A retirada da PSOL-REDE da coligação deixa um vácuo significativo na estratégia de campanha, comprometendo não apenas a estrutura e a organização do grupo, mas também a confiança e a lealdade entre os partidos envolvidos. A campanha de Gleivison Gaspar, que já enfrentava desafios para consolidar apoio, agora precisa enfrentar o impacto negativo desta crise.
O racha expõe uma série de fragilidades dentro da coligação, evidenciando uma falta de coesão e confiança que pode prejudicar seriamente a imagem pública da candidatura de Gaspar. A necessidade de ajustes rápidos e a reconfiguração da campanha podem resultar em perdas de recursos e apoio, além de gerar desorganização e confusão entre os eleitores.
Com a eleição se aproximando, a capacidade da coligação para reagir a essa crise e restaurar a confiança será crucial. A decisão de anulação e a saída da PSOL-REDE servem como um alerta para os desafios enfrentados pelas alianças eleitorais e a importância da unidade e da lealdade dentro de um grupo político em tempos de campanha.
A crise interna na coligação Progressista é um claro exemplo das dificuldades que surgem quando as alianças eleitorais não conseguem manter a coesão e o alinhamento necessário para enfrentar os desafios de uma campanha eleitoral competitiva.