Laura Raupp (Foto: Kenny Morris/World Surf League)
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– Elas vão enfrentar duas californianas nas quartas de final
– A brasileira derrotou a alemã Rachel Presti, na quinta-feira
– Sol ganhou a oitava de final peruana contra Daniella Rosas
– Sexta-feira decisiva começa às 12h35 no Brasil
SEASIDE REEF, San Diego, Califórnia / EUA (13 de janeiro de 2023) — A peruana Sol Aguirre e a brasileira Laura Raupp garantiram a América do Sul no último dia do Sambazon World Junior Championships hosted by Best Western, nos Estados Unidos. Elas vão enfrentar duas norte-americanas nas quartas de final, que abrem a sexta-feira decisiva da disputa pelos últimos títulos mundiais de 2022, da World Surf League. Laura Raupp disputa a primeira bateria do dia com Alyssa Spencer, que será iniciada às 12h35 no Brasil. Sol Aguirre entra na segunda com Sawyer Lindblad e a definição da campeã e do campeão mundial da categoria Junior Sub-20 será transmitida ao vivo pelo site da WSL
A brasileira Laura Raupp conquistou a primeira vitória sul-americana na quinta-feira de boas ondas de 4-6 pés nas esquerdas de Seaside Reef, em San Diego. O cearense Cauã Costa e o paulista Ryan Kainalo, já tinham perdido nas oitavas de final masculinas, que abriram o terceiro dia de competição na Califórnia. Eles terminaram em nono lugar no Sambazon World Junior Championships, então o Brasil continua com o recorde de nove títulos mundiais na categoria Pro Junior masculina. Nenhum outro país pode alcançar esse número nesta 22.a edição nos Estados Unidos, a primeira da história a ser disputada na Califórnia.
Mas, Sol Aguirre e Laura Raupp seguem na busca por uma vitória inédita para a América do Sul na categoria feminina. A brasileira largou na frente no segundo duelo das oitavas de final, com nota 5,00 em sua primeira onda. A alemã Rachel Presti respondeu com 4,83 e logo assume a ponta com 4,63. Mas, a catarinense acha uma onda maior e manobra forte de backside, ganhando 6,67. A alemã surfa bem outra onda, recebe 6,03 e fica precisando de 5,65 para vencer. Ela quase consegue a vitória no último minuto, mas a nota sai 5,20 e Laura Raupp se classifica por uma pequena diferença de 11,67 a 11,23 pontos.
“Falei com meu pai antes da bateria e ele me disse o lugar para me posicionar no line-up, para pegar as melhores ondas, porque o mar estava perfeito”, contou Laura Raupp. “Acho que ontem (quarta-feira) estava meio grande para Seaside e hoje foi o melhor dia de ondas aqui. Peguei uma boa que rendeu 6,67 e fiquei bem feliz em poder mostrar meu surfe pra todo mundo. Eu não estava acostumada a surfar baterias de 30 minutos, mas ter disputado o Challenger Series esse ano me ajudou nisso. Foi uma honra competir com as melhores do mundo e agora estou aqui, nas quartas de final do Mundial Pro Junior”.
Laura Raupp vai abrir as quartas de final enfrentando Alyssa Spencer, vice-campeã do último Mundial Pro Junior da WSL em 2019, vencido pela japonesa Amuro Tsuzuki. A californiana passou sua bateria na quinta-feira, igualmente por uma pequena vantagem de 11,83 a 11,80 pontos. A francesa Aelan Vaast também quase conseguiu a virada na onda surfada no último minuto. Já a adversária da Sol Aguirre na segunda quarta de final, fez o maior placar da quinta-feira, 15,10 pontos com notas 7,60 e 7,50 contra a espanhola Janire Gonzalez Etxabarri.
DUELO PERUANO – Sol Aguirre ganhou o duelo peruano das oitavas de final. A bateria foi mais fraca de ondas e começou com Daniella Rosas na frente, com nota 4,00 na primeira onda. Sol responde manobrando forte de backside também e assume a liderança com 6,10. A tetracampeã sul-americana Pro Junior escolheu outra onda boa e surfou bem de novo, recebeu 5,43 e abriu 7,53 pontos de vantagem sobre Daniella Rosas. Aí o mar dá uma parada, não entra mais nada de ondas boas e o placar fica em 11,53 a 6,83 pontos para Sol Aguirre.
“As ondas estavam iguais às de casa no Peru, então entrei muito empolgada para surfar em condições perfeitas, com apenas mais uma pessoa dentro d´água”, disse Sol Aguirre. “Estava bem tranquila e parecia um freesurf, especialmente por estar com a Daniella (Rosas), que é uma grande amiga minha. Fiquei feliz por estarmos juntas representando nosso país, mas foi uma pena nos encontrarmos na mesma bateria. Mesmo assim, estou bem feliz por ter avançado. A previsão parece boa para amanhã também, então espero pegar boas ondas para surfar de backside, como se estivesse em casa”.
Após o confronto peruano, entrou no mar a cabeça de chave número 1 do Sambazon World Junior Championships. Luana Silva parecia ter liquidado a fatura com as notas 5,50 e 7,50 que tirou no início. Seria a vingança contra a jovem Erin Brooks, de apenas 15 anos de idade, que a mandou para a repescagem na segunda-feira. A canadense só conseguiu surfar uma onda boa quando restavam 10 minutos para o término. Ela arriscou tudo em três manobras muito fortes que valeram 8,43. Com essa nota, passou a precisar só de 4,57 pra vencer a brasileira. Como fez na primeira fase, Erin Brooks achou outra onda boa nos minutos finais e conseguiu nota 6,60, virando o placar para 15,03 a 13,00 pontos da brasileira, que mora no Havaí.
NONO LUGAR – Luana terminou empatada em nono lugar no Sambazon World Junior Championships com a peruana Daniella Rosas. Na mesma posição, ficaram os brasileiros Cauã Costa e Ryan Kainalo. O bicampeão sul-americano Pro Junior de 2021 e 2022, foi o primeiro a competir na quinta-feira de boas ondas de 4-6 pés em Seaside Reef. Mas, Cauã demorou 10 minutos para surfar a primeira e iniciou com nota 5,00, contra 5,67 do Oscar Berry.
Logo o cearense pega uma onda mais espumada, que rende nota 4,00 para assumir a ponta na metade da bateria. O australiano acha uma onda mais limpa, que abre a parede para mandar uma série de seis manobras e recuperar o primeiro lugar com nota 5,73. O brasileiro passa a precisar de 6,40 para vencer nos 10 minutos finais, porém não conseguiu e Oscar Berry avançou para as quartas de final, derrotando Cauã Costa por 11,40 a 9,63 pontos.
Depois, Ryan Kainalo enfrentou o recordista de pontos nas esquerdas de Seaside Reef e Alan Cleland já começou bem, com nota 6,50. As duas primeiras ondas do brasileiro não chegaram a 4 pontos, enquanto o mexicano pega uma da série e manda três manobras debaixo do lip, que arrancam 8,67 dos juízes. Ele usou a mesma fórmula do recorde de 17,80 pontos na quinta-feira, quando tirou notas 8,97 e 8,83, também combinando três ataques potentes de backside. O máximo que Ryan Kainalo conseguiu foi 6,10 e Alan Cleland ainda detonou mais uma onda, somando 8,73 na vitória por 17,40 a 12,10 pontos.
DESTAQUES DO DIA – Esta somatória só ficou abaixo dos 17,50 que o francês Kauli Vaast atingiu na terceira bateria do dia. Ele mora no Taiti e foi finalista na vitória de Miguel Pupo na etapa do World Surf League Championship Tour do ano passado nos tubos de Teahupoo. O seu frontside também estava afiado nas esquerdas de Seaside Reef e sua melhor apresentação valeu nota 9,00, a maior da categoria masculina no Sambazon World Junior Championships.
Já o recorde de pontos permanece sendo os 17,80 do mexicano Alan Cleland na quarta-feira. Na quinta-feira, ele fez outra grande apresentação com seu backside matador, totalizando 17,40 pontos contra o brasileiro Ryan Kainalo. Outro destaque do dia foi havaiano Jackson Bunch, que atingiu 16,77 pontos somando notas 8,77 e 8,00 das suas manobras de frontside. Os havaianos são maioria entre os concorrentes ao título mundial Pro Junior de 2022, com três surfistas entre os oito classificados para as quartas de final.
TRANSMISSÃO AO VIVO – O Sambazon World Junior Championships hosted by Best Western tem prazo até o dia 15 para ser encerrado na Califórnia e está sendo transmitido ao vivo pelo site da WSL e pelo Aplicativo e canal da WSL no YouTube. A decisão dos títulos mundiais da categoria para surfistas com até 20 anos de idade, está sendo disputada em Seaside Reef com patrocínios da Sambazon, Best Western, Sports San Diego, Board and Brew, Pura Vida, Sun Diego e Red Bull. As quartas de final começam as 7h35 da sexta-feira na Califórnia, 12h35 no fuso horário de Brasília.
QUARTAS DE FINAL DO SAMBAZON WORLD JUNIOR:
CATEGORIA FEMININA – 5.o lugar com US$ 2.000 e 4.745 pontos:
1.a: Alyssa Spencer (EUA) x Laura Raupp (BRA)
2.a: Sawyer Lindblad (EUA) x Sol Aguirre (PER)
3.a: Erin Brooks (CAN) x Francisca Veselko (PRT)
4.a: Sierra Kerr (AUS) x Zahli Kelly (AUS)
CATEGORIA MASCULINA – 5.o lugar com US$ 2.000 e 4.745 pontos:
1.a: Brodi Sale (HAV) x Eli Hanneman (HAV)
2.a: Kauli Vaast (FRA) x Levi Slawson (EUA)
3.a: Jarvis Earle (AUS) x Oscar Berry (AUS)
4.a: Jackson Bunch (HAV) x Alan Cleland (MEX)
RESULTADOS DAS OITAVAS DE FINAL NA QUINTA-FEIRA:
CATEGORIA MASCULINA – 9.o lugar com US$ 1.500 e 3.320 pontos:
1.a: Brodi Sale (HAV) 11,76 x 10,33 Taro Watanabe (EUA)
2.a: Eli Hanneman (HAV) 13,50 x 12,00 Luke Thompson (AFR)
3.a: Kauli Vaast (FRA) 17,50 x 12,00 Saxon Reber (AUS)
4.a: Levi Slawson (EUA) 13,77 x 12,87 Kade Matson (EUA)
5.a: Jarvis Earle (AUS) 14,97 x 12,20 Jett Schilling (EUA)
6.a: Oscar Berry (AUS) 11,40 x 9,63 Cauã Costa (BRA)
7.a: Jackson Bunch (HAV) 16,77 x 12,04 Adur Amatriain (ESP)
8.a: Alan Cleland (MEX) 17,40 x 12,10 Ryan Kainalo (BRA)
CATEGORIA FEMININA – 9.o lugar com US$ 1.500 e 3.320 pontos:
1.a: Alyssa Spencer (EUA) 11,83 x 11,80 Aelan Vaast (FRA)
2.a: Laura Raupp (BRA) 11,67 x 11,23 Rachel Presti (ALE)
3.a: Sawyer Lindblad (EUA) 15,10 x 10,20 Janire G. Etxabarri (ESP)
4.a: Sol Aguirre (PER) 11,53 x 6,83 Daniella Rosas (PER)
5.a: Erin Brooks (CAN) 15,03 x 13,00 Luana Silva (BRA)
6.a: Francisca Veselko (PRT) 14,10 x 8,67 Sara Wakita (JPN)
7.a: Sierra Kerr (AUS) 12,47 x 11,60 Kirra Pinkerton (EUA)
8.a: Zahli Kelly (AUS) 14,23 x 10,13 Ellie Harrison (AUS)
SOBRE A WORLD SURF LEAGUE: A World Surf League (WSL) promove as principais competições de surfe, coroando os campeões mundiais desde 1976, com os melhores surfistas do mundo se apresentando nas melhores ondas do mundo. A WSL é composta por uma divisão de Circuitos e Competições, que supervisiona e opera mais de 180 eventos globais a cada ano; pela WSL WaveCo, que produz as melhores ondas artificiais de alta performance; e pela WSL Studios, com produções independentes de conteúdos e projetos com e sem roteiros.
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