Fogo atingiu áreas de mata na Costa Sul e Região Central
O fim de semana foi marcado por duas grandes queimadas com registro de menos de 24 horas entre elas. Ações de moradores, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil impediram que algo mais grave ocorresse nas comunidades.
O primeiro caso foi registrado na noite de sábado (11) no morro da Barreira, Sertão de Cambury, na Costa Sul de São Sebastião. A preocupação era que o fogo atingisse algumas residências.
Por isso, enquanto aguardavam a chegada das viaturas dos bombeiros, moradores foram para a linha de frente para tentar debelar as chamas.
O medo era que o fogo atingisse também os dutos da Transperto que passam pelo trecho, mas o comandante do Corpo de Bombeiros do Litoral Norte, capitão Newton Kruguer, informou que a empresa garantia que estavam seguros.
Nesta ocorrência, participaram quatro bombeiros e 10 agentes da Defesa Civil.
Vistoria Polícia Ambiental
Policiais Ambientais do 3° Batalhão de Policiamento Ambiental estiveram na manhã deste domingo na Costa Sul da cidade para averiguar os danos ambientais causados pelo incêndio ocorrido na noite anterior.
Aos policiais, moradores teriam dito que o incêndio teria acontecido em razão de fogos de artifício disparos na direção da mata. Entretanto, ninguém teria sustentado a versão.
Ainda conforme a Ambiental, a equipe visualizou uma grande área de vegetação nativa destruída pelo fogo, além de diversos animais silvestres mortos.
Incêndio Morro do Abrigo
A segunda ocorrência teve início no final da tarde deste domingo (12) entre os bairros Morro do Abrigo e São Francisco. Até o fechamento desta matéria ele ainda não havia sido controlado.
De acordo com o Corpo de Bombeiros duas viaturas foram PR o local para combate ao fogo e monitoramento da área. Não há registro de vítimas.
Este foi o segundo caso de incêndio registrado no Morro do Abrigo em dois dias. Nesta ocorrência foi atingida uma área de 200m x 300 metros.
Os trabalhos foram realizados com três bombeiros usando a viatura Auto Bomba. Eles utilizaram cerca de 5 mil litros de água para controlar a queimada.
De acordo com o capitão Newton Kruger, nesta época do ano, quando o tempo tende a estar mais seco, há um risco maior no número de queimadas. Por isso, os cuidados da população devem ser redobrados, especialmente em áreas que tenham vegetação.
Importante destacar que bitucas de cigarros e tendência de limpeza de vegetação são algumas das causas mais comuns que dão início à queimadas nesta época do ano. “Pedimos que as pessoas evitem jogar bitucas ou mesmo fazer aceiros, principalmente próximos de residências para evitar um mal maior”.
“É importante lembrar que colocar fogo em mata é crime ambiental. Além disso, é importante tomar cuidados de não dispensar materiais com potencial de combustão e não acender fogueiras ao acampar ou em trilhas, uma vez que a vegetação esta seca, assim como o clima, o que facilita a rápida propagação do fogo”, alertou Kruger.
Pessoas que moram em áreas isoladas também precisam tomar cuidados, mesmo na hora de proteger sua residência. A orientação é evitar a limpeza do terreno nesta época de seca com a utilização do fogo, pois ele se propaga de forma descontrolada, por meio até de uma simples fagulha, causando grandes perdas.
Além disso, os bombeiros lembram que é crime a queimada de pneus, lixo, vegetação rasteira, restos de podas e demais detritos.
Fogo e Covid-19
Em tempos do novo coronavírus (Covid-19), incêndios em matas são um risco muito maior para as pessoas que têm problemas respiratórios. Além dos transtornos provocados por doenças como rinite, asma, bronquite e Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, a gravidade aumenta com a falta de equipamentos como respiradores e vagas em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) quando a crise é muito grave.
No geral, a saúde é afetada porque a fumaça contém diversos elementos tóxicos. A fumaça de queimadas florestais também pode provocar dor e ardência na garganta, tosse seca, cansaço, falta de ar, dificuldade para respirar, dor de cabeça, rouquidão e lacrimejamento e vermelhidão nos olhos.
Denúncias
Em situação de emergência ou denúncias, a comunidade deve acionar os bombeiros pelo telefone 193 ou a Defesa Civil pelo 199. Os órgãos competentes lembram que nunca se deve tentar cruzar uma área de mata com fogo porque devido a ventos fortes as chamas podem se propagar muito rápido e causar a morte.
Para a Polícia Ambiental as denúncias podem ser feitas pelo telefone (12)3886-2200.
fonte :https://novaimprensa.com/